Bem-vindos ao nosso blog:

Inserido no plano anual de actividades de Área de Projecto do 12º Ano, o nosso grupo de trabalho constítuido por 5 elementos, decidiu abordar o tema "Discriminação Não" pela seguinte razão: alertar toda a comunidade escolar para os diversos tipos de discriminação e as implicações que provoca.
Para que o trabalho alcance todos os objectivos a que nos propomos apelamos a ajuda de todos vós!
Com isso em vista, criámos o blog “Discriminação Não!” onde todos terão a oportunidade de ver notícias, vídeos, reportagens e muitas outras actividades que iremos realizar.

Regulamento do Concurso “Diz Não à Discriminação”-Actividade 1ºPeríodo

1. O Concurso “Diz Não à Discriminação” é organizado pelos alunos do grupo C, do 12ºC no âmbito da disciplina de Área de Projecto.

1.1. O presente concurso integra-se na temática: «Discriminação Não!»

1.1.1. Pretende desenvolver uma actividade relacionada com a recriação de t-shirts, da propriedade dos concorrentes.

1.1.2. As t-shirts têm que ser entregues até ao dia 11 de Dezembro, na papelaria da ESSCD.

2. Podem concorrer: alunos, professores e funcionários.

3. Cada participante no concurso deve personalizar uma t-shirt de acordo com a temática, sendo obrigatoriamente identificada com o nome, ano e turma do autor.

4.
O júri é nomeado pela organização do concurso.

4.1. Compete ao júri:

4.1.1. Avaliar a criatividade e originalidade da recriação realizada por cada concorrente.

5. A lista dos vencedores do concurso será divulgada no dia 14 de Dezembro, no painel da rádio e em aprojectodiscriminacao.blogspot.com.


Contamos com todos vós !

Exposição de fotos-1ºPeríodo

Prémios Arco-Iris, Ricardo Araújo Pereira ganha prémio pela luta contra discriminação sexual!

O Prémio Arco Íris foi instituído em 2003 e desde então «tem-se tornado cada vez mais difícil escolher os galardoados», disse à Lusa o presidente da Associação Ilga Portugal Paulo Corte-Real.
De acordo com aquele responsável, «há cada vez mais pessoas das mais diferentes áreas que são eventuais candidatos, porque há uma crescente preocupação com esta temática. O facto de existir uma grande diversidade de bons exemplos a surgir em todas as áreas torna a escolha cada vez mais difícil».
A jornalista São José Almeida é uma das galardoadas pelo seu trabalho no jornal Público intitulado «O Estado Novo dizia que não havia homossexuais mas perseguia-os».
A Ilga reconhece, ainda, a prestação da equipa que defendeu o 'sim' no programa televisivo Prós & Contras sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo, assim como o espectáculo 'Rapazes Nus a Cantar', dirigido por Henrique Feist.
Ricardo Araújo Pereira é outro dos premiados. Lembrando que «o uso sistemático do humor é uma arma particularmente eficaz na luta contra o preconceito», os responsáveis da Ilga atribuem um prémio ao humorista pelo trabalho que desempenhou na luta contra a homofobia.
A Ilga lembra um artigo na revista Visão, alguns sketchs dos Gato Fedorento e duas entrevistas recentes em que Ricardo Araujo Pereira confrontou Manuela Ferreira Leite e Paulo Portas sobre o casamento gay.
(...)Lembrando que a luta contra a discriminação é uma «causa aberta que deve mobilizar todas as pessoas», Paulo Corte-Real congratulou-se com o aumento crescente de pessoas que se preocupam com a causa. (...)
Lusa / SOL

Memórias de Terror - 3º Período




A PIDE e o passeio ultramarino





Nasci em meio rústico e humilde, amando o milagre da vida e o mistério fascinante da Natureza de abrangência imediata e o firmamento incomensurável: parecia vaguear no mundo dos fenómenos.


Uma curiosidade contínua acossava-me a todo o momento: isto é um puro mundo mecânico onde, embora patente uma beleza indiscritivel, faltando coordenadas extra-mecânicas, como a Justiça e o Bem?

Ou seres superiores, funcionando em campos de frequência indetectável e matéria não convencional, não seriam os arquitectos deste milagre ilimitado, com leis intelegentíssimas, onde estivesses patentes a imanência moral e um sentimento profundo da vida, para além de explicações meramente académicas?

Fui crescendo com anseios de verdade, necessidade de expansão e de transcendência de dúvidas, que permitissem desenquadrar-me de horizontes chocarreiros e frustração essencial. Uma compulsão, incitava-me a procurar a verdade e funcionava como fermento de crescimento e factor de algum amadurecimento.

Fiz a primeira comunhão solene, na igreja da terra natal, Pinheiro de Ázere (S. Comba Dão), tentando perscrutar o significado do conteúdo do grosso catecismo vigente. Embora exigente, tinha fé infantil com pouca mácula de dúvida até ao dia em que eventualmente viesse a compreender. Anos volvidos, apareceu na freguesia, um padre, Aires Mendes da Silva, natural de Carvalhal Redondo (Nelas), cuja primeira medida foi aumentar a congrua pascal. Meu pai e alguns outros paroquianos não concordaram, mas desejando sempre pagar a mesma sem tal aumento. O padre, não aceitando, levou a que meu Pai deixasse de a pagar. Eis que o mesmo, em pleno púlpito, começa a invectivar e a nomear os não conformados, criando clima de crispação. (continuação...)




29 de Janeiro de 2010



Celebrou-se no passado dia 29 de Janeiro, nas instalações da Escola Secundária/3 de Santa Comba Dão, o Dia Internacional em Memória das Vitimas do Holocausto Nazi. Durante este dia contámos com a presença do Doutor Filipe Ferrão, Presidente da Comunidade Judaica do Porto, que durante a palestra nos falou um pouco sobre a historia povo judeu e de todas as atrocidades que têm sofrido ao longo dos anos. “O medo do desconhecido” e “a imcompreensão dos outros povos, levou a que o povo judeu fosse o que mais sofreu na pele a discriminação em toda a História da Humanidade”. Foram estas algumas das palavras que o nosso palestrante proferiu ao longo de toda a palestra.

No final, todos tiveram a oportunidade de visitar a actividade “Chás do Mundo”, tendo também a oportunidade de verificar a diversidade cultural patente numa exposição (actividade realizada por os alunos do 12ºD).

À noite realizou-se no auditório da escola uma sessão de cinema com o filme “O Rapaz do Pijama às Riscas”, que retrata o tema do holocausto nazi. No final realizou-se um debate onde todos tiveram a oportunidade de se expressarem!

Nesta sessão contámos a presença honrosa do Eng. João Lourenço, Presidente da Câmara Municipal e de alguns Encarregados de Educação.

Uma história tão difícil de contar….




Primeiramente, gostaríamos de referir que estamos aqui, hoje, para debater a temática da discriminação, seja ela de natureza social, religiosa, política e até mesmo sexual, por idade ou nacionalidade. É verdade que todos os dias somos confrontados com situações geradoras de discriminação e que, por vezes sem que nos apercebamos, também nós temos ideias preconceituosas e estereotipadas que marginalizam os outros.

Também na história da civilização humana são muitas as memórias que nos ligam a este conceito. Porém, não há história mais difícil de contar do que a do “Holocausto”. E porquê? Em primeiro lugar pelo sofrimento intenso de um povo. Ao longo da sua história, o povo judeu foi alvo e vítima de racismo, desconfianças e ódio. Os judeus foram marginalizados em quase todos os ambientes sociais e culturais, provocando o aparecimento de preconceitos racistas que permanecem até hoje no imaginário popular. Identificados como “pecadores”, não possuíam a propriedade de grandes terras e não eram aceites em actividades militares e políticas. Foram vistos como coisas, pragas ou raça inferior, os judeus foram escravizados pelo movimento nazista, transformados em cobaias ou simplesmente eliminados pelas doenças, torturas e espancamento. Em segundo lugar, porque até hoje, o genocídio nazi, programado, sistemático e colectivo permanece para a civilização humana como a referência ética do mal absoluto. Mas como foi tudo isto possível, quando ninguém esperava? E como foi possível que acontecesse a partir de um país de arte e de cultura? Ameaçador da condição humana e tragédia da humanidade, o holocausto foi o extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos politicamente indesejados pelo regime nazista. “Amanhã é outro dia, deus proverá”, “assisti ao meu próprio filme”, “descobri o mundo pois acabava de nascer”, “a única maneira de sair daqui é pela chaminé”, estes eram alguns dos pensamentos de quem sentiu na pele o terror da discriminação.Entenda-se que a nossa preocupação não é trazer à memória as marcas da tragédia e do conflito, cultivando o ressentimento e a culpa. O que é essencial é contribuir para a formação de uma consciência crítica para que, no futuro, possamos prevenir a repetição de acontecimentos tão terríveis e dramáticos.


E para terminar há uma dúvida que paira na nossa mente. Como foi que o povo judeu, e apesar de tão massacrado e discriminado, encontrou forças e motivação para ultrapassar todas as provações, mantendo-se fiel à sua religião e cultura?

"Se Isto É Um Homem", de Primo Levi



Vós que viveis tranquilos

Nas vossas casas aquecidas,

Vós que encontrais regressando à noite

Comida quente e rostos amigos:

Considerai se isto é um homem

Quem trabalha na lama

Quem não conhece a paz

Quem luta por meio pão

Quem morre por um sim ou por um não.

Considerai se isto é uma mulher,

Sem cabelo e sem nome

Sem mais força para recordar

Vazios os olhos e frio o regaço

Como uma rã no Inverno.

Meditai que isto aconteceu:

Recomendo-vos estas palavras.

Esculpi-as no vosso coração

Estando em casa, andando pela rua,

Ao deitar-vos e ao levantar-vos;

Repeti-as aos vossos filhos.

Ou que desmorone a vossa casa,

Que a doença vos entrave,

Que os vossos filhos vos virem a cara.


Poema do escritor Primo Levi, sobrevivente do Holocausto