Primeiramente, gostaríamos de referir que estamos aqui, hoje, para debater a temática da discriminação, seja ela de natureza social, religiosa, política e até mesmo sexual, por idade ou nacionalidade. É verdade que todos os dias somos confrontados com situações geradoras de discriminação e que, por vezes sem que nos apercebamos, também nós temos ideias preconceituosas e estereotipadas que marginalizam os outros.
Também na história da civilização humana são muitas as memórias que nos ligam a este conceito. Porém, não há história mais difícil de contar do que a do “Holocausto”. E porquê? Em primeiro lugar pelo sofrimento intenso de um povo. Ao longo da sua história, o povo judeu foi alvo e vítima de racismo, desconfianças e ódio. Os judeus foram marginalizados em quase todos os ambientes sociais e culturais, provocando o aparecimento de preconceitos racistas que permanecem até hoje no imaginário popular. Identificados como “pecadores”, não possuíam a propriedade de grandes terras e não eram aceites em actividades militares e políticas. Foram vistos como coisas, pragas ou raça inferior, os judeus foram escravizados pelo movimento nazista, transformados em cobaias ou simplesmente eliminados pelas doenças, torturas e espancamento. Em segundo lugar, porque até hoje, o genocídio nazi, programado, sistemático e colectivo permanece para a civilização humana como a referência ética do mal absoluto. Mas como foi tudo isto possível, quando ninguém esperava? E como foi possível que acontecesse a partir de um país de arte e de cultura? Ameaçador da condição humana e tragédia da humanidade, o holocausto foi o extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos politicamente indesejados pelo regime nazista. “Amanhã é outro dia, deus proverá”, “assisti ao meu próprio filme”, “descobri o mundo pois acabava de nascer”, “a única maneira de sair daqui é pela chaminé”, estes eram alguns dos pensamentos de quem sentiu na pele o terror da discriminação.Entenda-se que a nossa preocupação não é trazer à memória as marcas da tragédia e do conflito, cultivando o ressentimento e a culpa. O que é essencial é contribuir para a formação de uma consciência crítica para que, no futuro, possamos prevenir a repetição de acontecimentos tão terríveis e dramáticos.
E para terminar há uma dúvida que paira na nossa mente. Como foi que o povo judeu, e apesar de tão massacrado e discriminado, encontrou forças e motivação para ultrapassar todas as provações, mantendo-se fiel à sua religião e cultura?
3 comentários:
Texto muito bom, o grupo está de parabens!
o grupo esteve em grande destaque , bom trabalho =)
Pessoal o texto , estava brilhante !
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